Revelando a Páscoa: Jesus, o Cordeiro e as Asas Protetoras de Deus
- Keith Thomas
- há 6 dias
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Continuamos nossa meditação sobre a ceia pascal de Jesus com Seus discípulos na noite anterior à Sua crucificação. O que aconteceu durante a primeira Páscoa? Para que os primogênitos de Israel fossem salvos e a nação fosse libertada do Egito, a terra da escravidão, Deus exigiu fé no sangue do cordeiro pascal. Sem fé, é impossível agradá-Lo (Hebreus 11:6). Os israelitas pegaram algumas plantas de hissopo e as mergulharam em uma tigela com o sangue do cordeiro sacrificado. O sangue foi colocado na soleira da porta, e o hissopo foi mergulhado nele. A verga e as laterais da moldura da porta foram então untadas com sangue, formando uma imagem de uma cruz sobre a porta. O Senhor descreve o que aconteceu em Isaías 31:5:
Como pássaros pairando no alto, o Senhor Todo-Poderoso protegerá Jerusalém; Ele a protegerá e a livrará, Ele “passará por cima” dela e a resgatará (Isaías 31:5; ênfase adicionada).
O contexto da passagem profética acima é sobre proteger Jerusalém. O Senhor descreve a si mesmo como alguém que vigia a cidade e a protege do mal. Ceil e Moishe Rosen, em seu livro Christ in the Passover (Cristo na Páscoa), dizem o seguinte sobre a palavra hebraica traduzida para o inglês como “passar por cima”:
O verbo “passar por cima” tem um significado mais profundo do que pisar ou saltar sobre algo para evitar o contato. Não é o verbo hebraico comum, a-bhar, ou ga-bhar, frequentemente usado nesse sentido. A palavra usada aqui é pasah, da qual vem o substantivo pasha, traduzido como Páscoa. Essas palavras não têm conexão com nenhuma outra palavra hebraica, mas se assemelham à palavra egípcia pesh, que significa “estender as asas sobre” para proteger. [1]
A imagem retrata o Senhor protegendo Seu povo do mal. Ela oferece uma nova perspectiva sobre o luto de Jesus por Jerusalém. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste” (Lucas 13:34). O Deus que conhecemos e amamos deseja nos trazer para perto de Seu coração. Ele deseja envolver-nos com Seus braços para nos proteger, assim como uma galinha reúne seus pintinhos sob suas asas. O sangue do cordeiro substituto trouxe a proteção e a presença do Senhor àqueles que creram na Palavra de Deus:
Quando o Senhor passar pela terra para ferir os egípcios, ele verá o sangue na parte superior e nas laterais da ombreira da porta e passará por essa porta, e não permitirá que o destruidor entre em suas casas e os fira (Êxodo 12:23).
“Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmo 46:1). Quando um anjo destruidor passou pela terra, a presença de Deus estava sobre a casa cuja fé estava no sangue do cordeiro substituto. O sangue demonstrava que eles estavam sob a aliança com Deus, e o destruidor não podia prejudicar a casa por causa de sua obediência às instruções do Senhor. Todos os primogênitos daqueles que ignoraram a mensagem da salvação morreram. A refeição da celebração da Páscoa era uma refeição festiva que comemorava a libertação da escravidão no Egito, mas também apontava profeticamente para o que o Messias faria para salvar Seu povo da escravidão do pecado.
A Páscoa simboliza nosso Cordeiro Pascal, que é o substituto em quem colocamos nossa fé. O Faraó representa Satanás, que nos manteve em escravidão cruel por meio de nossos pecados. O Egito simboliza nosso sistema mundano, e Moisés prenunciou nosso libertador, Jesus. Jesus é nosso libertador e Cordeiro sacrificial, que deu Sua vida para nos salvar se confiarmos em Seu sangue derramado, aplicado à porta de nossos corações. Deus deseja habitar no centro de nossas vidas, no lar de nossos corações, e estar conosco para a eternidade. O apóstolo Paulo escreveu: “Porque Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi sacrificado” (1 Coríntios 5:7). Keith Thomas.
Para mais meditações e estudos diários na Bíblia, clique nos seguintes links:
[1] Ceil e Moishe Rosen, Christ in the Passover, impresso pela Moody Press, Chicago, 1978. Página 22.





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